Ainda lembro da prô Márcia do maternal. Foi a primeira professora que tive, mas como na fase de criança a gente só se lembra dos traumas só consigo me recordar de uma vez que ela puxou minha orelha sem motivo algum. (ou não... vai saber)
Depois disso nas primeiras séries lembro de todas as professoras que tive (curioso... professor era só de Educação Física...) mas guardo um carinho especial por duas, a Professora Mary ("tia" jamais... minha mãe fazia questão de ensinar... sempre tinha que chamar de professora) que uma vez chorou ao meu ombro quando escrevi uma redação do meu pai (já falecido) e a professora Cássia que quando abri a cabeça no colégio fez questão de me levar ao médico.
Já no segundo segmento veio o marista e com ele vários de professores que marcaram a minha história... por falar em história como não lembrar do Ronaldes e suas críticas ao meu trabalho sobre a mesopotâmia, ou das engraçadas frases do Resende de português ou a Wilma de matemática que não entendia minhas notas baixas apesar de um relativo bom comportamento.
Bem teve também nessa época a oitava série do Sto Agostinho que me vem a cabeça os resumos das grandes guerras que a Cáritas mandava fazer no caderno (eram umas 20 páginas no mínimo para ela gostar) e da viagem para Itatiaia com o Jarbas de português.
Falando em português, gostaria de saber como o bom e velho Mario Alexandre ensinaria a garotada do Ensino Médio essa revisão ortográfica entre suas historias de lutador de boxe e capoeirista de tamanco... ele acertou numa coisa... minha relação com a língua portuguesa tem a fase antes dele e depois dele.
E não posso esquecer jamais a os 3 anos com a professora de literatura Beth que nos falava dos movimentos literários com muita, mas muita intimidade (vocês já viram alguém se referir a Álvares de Azevedo como "Alvinho"?). Ela era fantastica com sua distribuição de pontos durante a aula para quem colaborasse ou simplesmente fizesse cara de peixe cantando a musiquinha da propaganda do Fiat Pálio Weekend. mas a palavra que se pronunciava na musica era "Uraguai".
No mundo da matemática lembro claramente do Zé Elias, mas que todos conheciam como Sapatão, porque ele prometia entrar de sola na turma, ou do saudoso e simpático Menezes que para ser compreendido era necessário ter curso de leitura labial.(na verdade nem isso, pois o bigodinho atrapalhava.)
A biologia era um show a parte com o Júlio e seus gritos na sala, sua incredulidade na ignorancia dos alunos o fazia ter espasmos de raiva (simulada) e a vontade de dar aula para os pombos.. e era o que ele fazia. Isso quando ele não resolvia berrar para a Beth que dava aula do outro lado do colégio...
Além do Julio não deixo de lembrar do Luis Carlos(trocava o L pelo R), do Zé Antônio (era a cara do Tropeço da Familia Addams) e do Marinho cuja aula tinha meia hora. Os outros 20 minutos ele ficava desenhando no quadro detalhadamente as células, cromossomos e o que vinha por aí.
A Geografia me lembra a saudosa Sueli que com seu ódio mortal pela cultura capitalista sonhava em lançar os mísseis de Fidel Castro nas orelhas do Mickey na Flórida.
Educação Física, só o Marcos... desde a sétima série fazendo todos se exercitarem sincronizadamente e contando... se alguem errasse... tuuudo de novo!!!
Na religião teve o Evaldo, cantavamos nas missas do colégio... Hoje nem sei se ele dá aula, mas ainda o ouço narrando os jogos de futebol pela CBN. (sim.. é o mesmo Evaldo)
Certamente ainda tive muitos outros acima que não citei, mas tenho que chegar na Universidade e na PUC não posso deixar de lado 2 pessoas: Pe. Paulo que me ensinou a pensar a minha fé (apresentando os ensinamentos de outro grande mestre, o Mons. Luigi Giussani cuja data de nascimento é celebrada hoje) e a Rita, minha orientadora, ex chefe e amiga de todas as horas. Esses 2 me fizeram entender a importancia de todos os outros anteriores, porque me mostraram como é que é ser um mestre de verdade, pois além de aprender, pude conviver com eles.
Depois de alguns anos longe voltei a PUC, desta vez para o mestrado. E aí outros grandes mestres surgiram. Luiza, minha orientadora que mostra a importância de estar proximo de seus orientando (e de ser paciente com eles também) e uma educadora de mão cheia. A Profa. Aparecida Mamede.
Mas não quero deixar de lado neste post os meus amigos mestres que me dão verdadeiras lições de vida. São os amigos Designers do Air Hockey, do clã da vaca, do movimento Comunhão e Libertação, dos jovens amigos da comunidade, da Fundação, Os Colegas professores da Universidade Veiga de Almeida, a minha esposa que me ensinou a amar alguém a ponto de desejar estar com esse alguem para sempre...
Por fim, guardo a lição dos maiores mestres que tive. Aqueles Crismados que tive a oportunidade de ser catequista durante 6 anos. E além deles, outros anos depois, os meus alunos da escola de Design da UVA. Eles me ensinaram a maior lição que se pode aprender: Que para ser um verdadeiro "mestre", tem que estar atento sempre aos grandes ensinamentos que podem ser dados pelos seus "alunos", jamais os subestimando.
Um grande abraço a todos os mestres pelo dia de hoje.