quarta-feira, outubro 31, 2007



... Não me acho um escoteiro e nem um Russo refugiado.

...

...Amém!

segunda-feira, outubro 29, 2007

Engrenagens do Sistema (parte 1)

Olhar para a tela e não conseguir dar o prosseguimento a tarefa, ler as instruções várias e várias vezes, saber, por elas, exatamente o que fazer, mas ter o receio de mudanças quando tudo estiver quase pronto, e ainda por cima ser chamado de lento por quem não se dá conta que a lentidão se dá pelo péssimo planejamento... (e quem não se dá conta, não o faz porque nem mesmo sabe que existe um planejamento).

Ele se pergunta porque não parou na quinta série pra ser Presidente da República...

quinta-feira, outubro 25, 2007

Ironias no Metropolitano

Não faz muito tempo entrei num vagão onde era visível um montinho de lixo... este estava localizado embaixo de uma placa que dizia "O metro-rio é um dos mais limpos do mundo."

Ontem volto para a Tijuca o trem quebra. Pedem para todos os usuários saírem... eu olho para o cartaz onde estava escrito. "O Metro-Rio possui um dos menores índices de falha do mundo"

Está decidido. Jamais entrarei num vagão se um dia me deparar com o cartaz. "O metro-rio possui a menor taxa de genocidios do mundo"

Momentos em que a personalidade se forma

Lembrava-me ontem de um momento interessante, não sei o que é que entre a estação Saens Pena e a Siqueira Campos tinha para me fazer lembrar...

Era 1995, eu estava no meu ano de aluno agostiniano (sem mais perguntas), viajava com alguns colegas para Itatiaia. Levava meu violão a tiracolo. Na época, lembro-me bem de ter uma paixão adolescente-platônica, e que, como manda a tradição, era tijucana. Estudava no meu antigo colégio. Mas era uma paixão adolescente, daquelas que não tem hormonio que o faça olhar para outras... lembra até a mesma paixão que eu sinto hoje (viu noiva?).

Mas, ao contrário de hoje, como já disse, era uma paixão platônica, que inclusive namorava um faixa preta mega boga lutador de caratê. E eu, com meu tamanho, mas com meu jeito pacífico, resolvi ficar na minha e deixar passar.

De fato, esta pequena tristeza me acompanhava por aqueles tempos, mas meu violão a tiracolo era um bom anestésico para stress na escola e paixões mal resolvidas (na verdade hoje ele ainda o é para problemas no trabalho e discussões calorosas com amigos).

Não demorava muito, naquele lugar silencioso, com uma paisagem belissima eu tira-lo da capa, sentar na janela, pegar o caderninho de cifras e começar a tirar notas e acordes dele acompanhando com minha voz.

Não demorou muito, bateram na porta, eram 3 meninas pedindo para ouvir a musica que eu tocava, e assim o fiz. Repertório bem "jovens tardes anos 80", ao terminar de tocar a primeira musica, levantei a cabeça e tomei um susto: o quarto estava repleto de pessoas. E eu era o único homem presente.

O quarto fico tão lotado que pediram pra descer para o saguão e fomos eu, uns 2 amigos e toda uma horda feminina acompanhando e cantando a noite inteira. Até que cansados, fomos dormir.

Nos dias que se seguiram no Colégio, me sentia a sensação do momento: várias meninas da sétima e da oitava série (minha séria na época) vinham conversar, perguntar quando eu trazia o violão de novo, etc... Para mim, naquele colégio, aquilo era novo, pois eu fazia parte do grupo dos nerds excluídos, aquele bando de pessoas que gostavam de "Cavaleiros do Zodíaco."

Até que um dia levei o violão para o colégio (tinha que apresentar um trabalho com ele) Na hora do Recreio desci com ele, e as meninas surgiam de váários lugares para ouvir, namorados e ficantes enciumados apareciam, mas eram logo repreendidos pelas hipnotizadas meninas. Eu ali naquele momento, ganhava o respeito dos caras que sempre zoavam o nerdzinho fã de desenho animado. Até que os amigos apareceram.... e disseram...

- Ei Aiolos! Toca Cavaleiros...

Silêncio e suspense... tinha nas minhas mãos a chance de ser o popular e agora tudo estava a mercê de uma decisão..

- Vai Aiolos! Toca Cavaleiros...

Foi então que os presentes começaram a debochar dos crianções que não cresciam. Eu olhava diante daquele momento, não sabia o que fazer, eu estava adorando aquela paparicação toda, foi então que resolvi continuar a tocar o meu violão, lembrando dos momentos precedentes a os das meninas que pediam para ouvir a musica que eu tocava, então um acorde Mi menor veio acompanhado da frase.

- Tem sempre alguém no cosmo ajudando o cavaleiro a venceeeer...

A Platéia emudeceu e foi saindo uma por uma até que sobrou eu e os meus amigos cavaleiros que me acompanhavam empolgados. Tudo voltou ao normal e sinto que aquela decisão foi pro resto da vida. Se querem minha companhia, gostem de mim como sou e cantem junto...

- Pégasus, ajuda o seu cavaleiro, gelo, o dragão e os guerreiros... cavaleiros do zodíacoooooooo...

Abraços para todos

segunda-feira, outubro 15, 2007


A Viagem - Parte III

Entrando na Dutra paramos imediatamente o Carro. Os motoristas dos carros a frente resolveram parar para discutir o que fazer. Eu então peço indicações ao borracheiro local que nos explica como dar a volta por trás do Hotel Champion, ali no Jardim América.

Todos felizes prontos para voltar, os carros recomeçam sua jornada de retorno, entramos na rua onde tinha uma placa indicativa: "Jardim América" e logo abaixo a indicação "Vigário Geral ->". Agora eu rezava para que o carro da frente não errasse nada. De repente os vidros do Carro do Sr. Moraes sobem e Srta Barros intervem

- O que é isso Moraes? tá com calor?
- Não. To com medo mesmo.

Mas dessa vez o carro do Sr, Junior não erra; Voltamos a Av. Brasil, pegamos o Retorno Certo e finalmente pegamos a Washington Luis.

E andamos bastante, passamos pelo parque gráfico do Jornal "O Globo" e eu volto a provocar.

- Moraes, sem querer ser chato... não acha que devíamos assumir o carro líder?
- Bem, depois de tantos erros... mas acho que agora eles vão bem...
- Eu acho que não.
- Por que você diz isso?
- Porque acabamos de passar pela entrada da Rio Teresópolis e eles não foram.
- Bem.. talvez eles estejam pensando em pegar outro caminho...
- É... talvez, mas não tenho idéia de como ir para Cachoeiras por Petrópolis...

Após passar pela praça do Pedágio e começar a subir a Rio Petrópolis, sentimos o primeiro carro dar uma desacelerada... o que me faz prever que meu celular ia tocar a qualquer momento. Dito e feito ele toca.

- Beluga, é srta. Fittipaldi.
- Olá
- Nós erramos o caminho de novo... eu não sei mais o que fazer!!!
- Só um minuto - (afasto o telefone e tapo o fone) viro para o motorista do meu carro e digo -Sr. Morais...
- SIM!!! - responde Sr Morais - VAMOS ASSUMIR O CARRO CHEFE!!!!
- Ok... (volto ao celular) Srta. Fittipaldi, nós vamos a frente a partir de agora ok?
- Ok!

E vamos subindo a Rio Petropolis até chegar no posto da Policia Rodoviaria Federal. Lá liguei para o meu grande amigo, Sr. Mintz: Um petropolitano legítimo.

- Sr. Mintz
- Diga lá rapaz
- Estou indo para cachoeiras
- Isso é muito bom. Curta bastante.
- Hehe! mas to te ligando porque... bem cara... a história é longa mas... Estou na Rio Petropolis porque passei da entrada.
- Ah... tranquilo... onde você está?
- Sabe aquele posto Rodoviario onde ficam aqueles viadutos...
- Ah!!! VOCÊ REALMENTE SUBIU A RIO PETRÓPOLIS!!!
- É o que estou te falando.
- Cara.. o melhor caminho é voltar, pagar o pedágio de novo e pegar a Rio Teresópolis...
- Eu temia isso, mas ok! Obrigado cara
- De nada

E voltamos tudo de novo. Só que dessa vez com Sr. Moraes dirigindo o carro mestre. Passamos o pedágio e pegamos a entrada da Rio Teresópolis. o que nos aguarda? Não perca o último capitulo de "a Viagem". Parte integrante de "Biel Blog Cachoeiras de Macacu!"